domingo, setembro 27, 2015

Comentários Eleison: Acorda, Europa!

Comentários Eleison - por Dom Williamson
CDXXVIII (428) - (26 de setembro de 2015):   

ACORDA, EUROPA!

Europa, você está sendo invadida com grande habilidade.    
Retorne a Deus, ou essa invasão terá continuidade. 


Se alguns leitores ainda não acordaram, vamos acordá-los.  Há poucos dias, um relato de um leitor na Alemanha trouxe novidades que jamais serão contadas por nossa mídia vil. Esta é vil precisamente porque diz muitas mentiras e pouquíssimas verdades (mas não somos nós, o povo, os essencialmente responsáveis por nossa mídia...?).

“Alemanha, Áustria e terras vizinhas ao sudeste vêm sofrendo nos últimos meses uma agressiva invasão de estrangeiros disfarçados de "refugiados", cuja grande maioria são homens jovens procurando encrenca. O Primeiro-Ministro da Baviera, Horst Seehofer, tão branco quanto uma folha de papel, disse na TV, no último domingo, que a lei e a ordem estão à beira do colapso. No entanto, nossos governos fantoches e sua grande mídia, ambos a serviço dos inimigos de Deus, apoiam essa invasão por todos os meios de que dispõem, incluindo o abuso da força do Estado, tais como a polícia e as Forças Armadas. Esses fantoches também mentem por escrito a fim de ocultar das pessoas a invasão, e assim causar o maior dano possível.

“A maioria das pessoas continua dormindo, embora mais e mais gente da terra por aqui e em outros lugares esteja falando abertamente em guerra civil. Nas regiões periféricas da Baviera as coisas chegaram a parar. Moradores e mercadorias já não podem se movimentar, ou apenas o fazem com grandes atrasos. Sobre as hordas de invasores – ainda não agrupadas – que vagam livremente pelo interior do país e roubam, a grande mídia não dá uma palavra. As autoridades locais – obedecendo ordens de cima – perderam todo o controle, e a polícia aconselha à população vitimizada que cuide de si mesma e que eventualmente forme grupos de defesa civil – isto depois que fomos completamente desarmados, há poucos anos.

“A Croácia tem chamado para a mobilização o seu exército, que por todos os lados vem buscando se restabelecer. Eu quero ver o que posso fazer localmente, mas temo que a maioria de meus compatriotas ainda não tenham ideia do que está acontecendo. Se apenas alguns deles acordarem, lutarão como leões. Eis porque nosso assim chamado governo e os inimigos de Deus que o controlam, estão mentindo e enganando em todos os níveis para adiar esse momento de despertar. Isso vai de mal a pior...”. (Fim do relato do leitor.)

A emergência descrita aqui não está obviamente restrita à Alemanha. Um desastre similar está também afligindo muitas outras nações ocidentais. Parece inacreditável, mas quando se olha para isso por uma perspectiva religiosa, então tudo faz sentido. Consultem todo o Salmo 105. Deus deu aos israelitas dons e responsabilidades correspondentes para os quais eles foram repetidamente infiéis. Como Ele os amava, não poderia tê-los deixado impunes (Hb 12, 7-8). Aqui estão os versículos 35 a 41 do Salmo, adaptados para nosso tempo:

“E os cristãos misturaram-se com os pagãos, e aprenderam as suas obras, e adoraram os ídolos do liberalismo, que se tornaram armadilha para eles. E imolaram os seus filhos e as suas filhas aos demônios da contracepção e do aborto, e derramaram sangue inocente: o sangue de seus filhos e de suas filhas, que imolaram aos ídolos da busca pelo prazer egoísta. E a terra ficou poluída com sangue, e contaminaram-se com as suas obras; e prostituíram-se com seus produtos eletrônicos. E incendiou-se o furor do Senhor contra seu povo: e Ele abominou aqueles a quem especialmente havia presenteado. E entregou-os nas mãos de seus antigos inimigos. E aqueles que odiaram os cristãos por dois mil, e por mil e quatrocentos anos, tiveram domínio sobre eles”.

O desastre da Europa está a dar-se com permissão de Deus. A solução é naturalmente voltar para Deus: Versículo 44: “E Ele viu quando eles estavam em tribulação, e ouviu suas preces, (46) e conciliou-lhes a misericórdia diante de todos aqueles que os tinham levado cativos. (47) Salvai-nos, Senhor, nosso Deus, e recolhe-nos dentre os Vossos inimigos...".
                                                                                                                             
Kyrie eleison.

domingo, setembro 20, 2015

Comentários Eleison: Naturalismo Condenável

Comentários Eleison - por Dom Williamson
CDXXVII (427) -  (19 de setembro de 2015): 


NATURALISMO CONDENÁVEL

A natureza era suficiente antes da Encarnação,
Mas agora, sem Nosso Senhor, há somente condenação.

            “Sou um homem. Sustento-me. Tenho uma mente e uma vontade, e um senso de dever. Posso levar uma vida decente, mesmo nobre, no nível natural, muito acima do simples materialismo. Agora vem você, como católico, e me fala de uma vida sobrenatural, sobre-humana, superior à vida natural, que requer virtudes sobrenaturais para ser vivida. Você diz-me que ela é uma vida muito superior à vida natural, tornada possível por um Deus Encarnado, e que promete uma bem-aventurança inimaginável. Pois bem, tudo isso está muito bem, mas, honestamente, eu acho que a natureza humana é suficiente: nem a vida de um anjo nem a vida de uma besta. Não quero nem que o Céu venha nem as exigências que ele impõe aqui na terra. Eu dispenso esse benefício e sua carga. Contentar-me-ei com uma vida natural decente, que Deus me recompensará com um pós-morte natural decente.”

            Foi assim que o Cardeal Pie (1815-1880) pôs na boca de muitos cidadãos retos e respeitáveis de meados do século XIX, o grave erro do naturalismo, que estava então enviando, e tem enviado desde então, um grande número de almas para o Inferno. O naturalismo é a negação, ou como aqui, a recusa, de toda a ordem sobrenatural. A natureza é tudo, ou é tudo o que eu quero. Nada acima da natureza existe, ou se existe, eu polidamente dispenso. Leão XIII, em sua Encíclica, denunciou o naturalismo como sendo o erro essencial da Maçonaria (ver a Humanum Genus). O naturalismo é o grande erro de Hollywood, que dificilmente é percebido, porque todos nós crescemos acostumados ao mundo moderno tal como moldado pelos maçons, e um dos princípios destes é estar em toda parte, mas sem nunca ser visto. O Cardeal Pie contestou este respeitável cidadão com três argumentos:
           
            Em primeiro lugar, Deus é o Criador e o Soberano Senhor do homem, criatura Sua. Havendo criado o homem natural que sem dúvida pertence à ordem natural (o mundo é presente de Deus ao homem). De fato, Deus permitiu que o homem entrasse na ordem sobrenatural por um ato de amor que o homem não tem direito de recusar, porque o presente e o amor são imensos. Assim, Deus faz do benefício uma obrigação, sob severa penalidade em caso de recusa do benefício e de revolta contra o amor. A nobreza de participar da própria natureza de Deus por Seu presente da graça sobrenatural constitui uma obrigação tal, que aquele que se recusa a se comportar como um filho será tratado como um escravo.

            Em segundo lugar, a própria razão prova que Deus Se revelou através de Seu Filho, Jesus Cristo. Se Deus revela, eu devo ver.  Pois bem, Seu Filho Encarnado revelou que recusar crer é ser condenado (Mc 16, 16). O Pai deu todo juízo ao Filho (Jo 5, 22-23). Todo joelho será dobrado ante Jesus (Fl 2, 9-11). Cada pensamento deve submeter-se a Jesus (II Cor 10, 4-6). Todas as coisas estão resumidas em Jesus (Ef 1, 10-12; Hb 2, 8). Não há outro nome sob o Céu pelo qual nós podemos ser salvos que não o de Jesus (At 4, 11-12). Santo Agostinho, sobre João 15, diz que cada um ou está ligado a Cristo como o sarmento à videira, e então sustenta o fruto, ou está separado dela, e então é lançado ao fogo. Videira ou fogo! Tu não queres o fogo? Agarra-te à videira!

            Em terceiro lugar, levar uma vida natural verdadeiramente decente sem a graça sobrenatural é impossível. O homem decaído é fraco de mente e de vontade. Na prática, o Cardeal pergunta: quantos “cidadãos decentes e respeitáveis” sem a graça de Deus são capazes de resistir a toda tentação? Durante o dia eles comportam-se decentemente no trabalho, mas e durante a noite...? Eles seguem ao nobre Platão em público, mas em privado eles seguem ao buscador de prazer Epicuro. “Admita, senhor”, adverte o Cardeal: “Aos olhos dos homens tu podes ter sido sempre muito correto, mas não aos teus próprios olhos, e se não há uma gota do Sangue de Cristo em tua alma, tu estás-te dirigindo para o castigo”.

Kyrie eleison.




sábado, setembro 12, 2015

Comentários Eleison: Defendendo Valtorta

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                                       Comentários Eleison - por Dom Williamson
CDXXVI (426) - (12 de setembro de 2015): 


DEFENDENDO VALTORTA


"Poema do homem-Deus" - sublime relato,
A verdade do Evangelho recontada para o nosso tempo.


Em relação ao "Poema do Homem-Deus" de Maria Valtorta (1897-1961), uma biografia de Nosso Senhor que se estende em dez volumes escritos em italiano na década de quarenta, um sacerdote italiano, Dom Ottavio Michelini (1906-1979), teria ouvido de Nosso Senhor mesmo, na década de setenta, os seguintes comentários:

"Eu ditei à Maria Valtorta, uma alma vítima, uma obra maravilhosa (Poema do Homem-Deus). Desta obra, Eu sou o Autor. Tu mesmo, meu filho, reconheceste Satanás reagindo com fúria a ela... Tu mesmo tens observado a resistência que muitos sacerdotes opõem a essa obra. (...) Se ela fosse – não digo "lida" mas estudada e meditada, faria um imenso bem às almas. Essa obra é um manancial de cultura séria e sólida... É uma obra que a Sabedoria e a Providência Divina dispuseram para os novos tempos. É fonte de água viva e pura. Sou Eu, a Palavra viva e eterna, Quem Me tem dado a Mim Mesmo novamente como alimento para as almas que Eu amo. Eu Mesmo sou a Luz, e a Luz não pode ser confundida com as trevas, e menos ainda fundir-se ela. Onde Me encontro, as trevas dissolvem-se para dar lugar à Luz".

Maria Valtorta equivale no século XX a Maria de Agreda e a Anne-Catherine Emmerich nos séculos XVII e XIX, respectivamente. Estas duas visionárias anteriores ganharam amplo respeito na Igreja Católica, mas Maria Valtorta é ainda controversa. Pois bem, pode-se admitir que seu "Poema" não agrada a todos. Não precisa ser forçado sobre ninguém. Não pode substituir os Evangelhos. Não é necessário para a salvação. E pode parecer altamente duvidoso apoiar os escritos de uma suposta visionária com as palavras de outro, especialmente quando o testemunho de apoio é tão pouco conhecido como o de Dom Michelini.

No entanto, há almas por todo o mundo para as quais o "Poema" tem agido como um estupendo presente do próprio Deus, e pareceu ter sido designado para elas com o fim de aliviar a angústia espiritual de nossos próprios tempos, que vem-se tornando mais e mais insuportável para muitos. Assim, estes "Comentários" se atreverão a pôr diante dos leitores, mais uma vez, razões para que se leve a sério o testemunho de Dom Michelini, e para despertar o interesse pelo "Poema", para que se tire o melhor proveito dele, antes que Deus intervenha de uma maneira espetacular para aliviar essa angústia. Aqui estão, por meio de um resumo brevíssimo, as sete razões supostamente dadas por Nosso Senhor no fim do "Poema", para explicar por que Ele revelou seu conteúdo à Maria Valtorta:

1. Doutrina - enquanto o modernismo causa estragos nos ensinamentos imutáveis da Igreja, as almas precisam ver como Eu dei esses mesmos ensinamentos à Igreja, desde o início: divinos, perfeitos, imutáveis.

2. Amor - quando a caridade se torna fria e sentimental, os sacerdotes e leigos precisam reavivar seu amor a Cristo e a tudo o que se refere a Cristo, especialmente a Sua Mãe.

3. Direção - quando as almas estão-se desviando para tantas direções diferentes, os diretores espirituais precisam ver de quantas maneiras diferentes Eu os dirigi.

4. Realidade - quando o amor está tão amaplamente falsificado e manchado, os seres humanos precisam ver Jesus e Maria como verdadeiros seres humanos de carne e osso, com um amor perfeito, mas verdadeiramente humano, entre eles.

5. Sofrimento - quando o conforto é priorizado por toda parte, os buscadores do prazer precisam conhecer quão longos e variados foram os Meus sofrimentos e os de Minha Mãe, iniciados dezenas de anos antes da Paixão.

6. Palavra - quando a linguagem está totalmente degradada, as pessoas precisam ver o poder de Minha Palavra, de minhas palavras, para transformar as almas, por exemplo, de pecadores brutos em grandes Apóstolos. 

7. Judas - quando o mal está tão sentimentalizado a ponto de ser negado, aos pecadores deve-se mostrar o mistério da iniquidade em forma humana, para que não sigam os passos de Judas até o Inferno.

Kyrie eleison. 

sábado, setembro 05, 2015

Comentários Eleison: A Ordem da Caridade

Comentários Eleison - por Dom Williamson
CDXXV (425) - (05 de setembro de 2015): 

A ORDEM DA CARIDADE


“Preto é branco”, diz nosso mundo de mentiras frequentemente.
Com Deus por medida, os católicos medem corretamente.

O que a Igreja Católica pensa do "racismo”? E do “antissemitismo”? E do “machismo”? E da “homofobia”? Etc. Em um mundo liberal onde se supõe que todos devem ser bonzinhos para todos, não deveria ser surpreendente que o “politicamente correto” esteja sempre a propor uma nova classe de pessoas para todos nós odiarmos? A Igreja Católica, seguindo seu divino Mestre, diz que devemos amar nosso próximo e não odiar ninguém, mas não diz que nós devamos amar todos os nossos semelhantes indiscriminadamente. Vejamos como um grande teólogo católico põe ordem em nosso amor a Deus e ao homem. Aqui estão os elementos essenciais dos treze artigos da Suma Teológica de São Tomás de Aquino, 2a 2ae, Questão 26:

1. A caridade tem uma ordem, porque é uma amizade na beatitude sobrenatural, e essa beatitude tem seu ponto de partida em Deus, e onde quer que se tenha coisas que seguem um ponto de partida, tem-se uma ordem. (Notem como o católico imediatamente redireciona uma questão maior a Deus. Ao que podem os liberais imediatamente se referir como sendo o ponto de partida de suas "gentilezas"? Ao ódio aos nazistas? Sério?)

2. A caridade deve amar a Deus mais do que ao próximo, porque a caridade é uma amizade na beatitude, e toda beatitude para mim ou para o meu próximo tem a sua fonte em Deus. (Onde os liberais colocam a fonte de sua felicidade? Em sua autorrealização? Em seus semelhantes? Estas são formas relativamente pobres de felicidade.)

3. Deve-se amar a Deus mais do que a si mesmo, porque todas as criaturas (não contaminadas), cada uma ao seu modo, naturalmente amam o bem comum sobre seu bem particular, e Deus é o bem comum natural e sobrenatural de todos.

4. O eu espiritual deve ser amado mais do que o próximo espiritual, porque eu estou mais próximo de mim que de meu próximo, tanto que se eu não me amo (espiritualmente), é improvável que eu ame meu próximo. Mas...

5. O próximo espiritual deve ser amado mais do que o eu corporal, ou seja, do meu próprio corpo, porque o espírito vem antes do corpo, porque o espírito participa diretamente da beatitude, enquanto o corpo participa apenas indiretamente (através do espírito).

6. Alguns próximos devem ser amados mais do que outros, porque todos eles variam em aproximação a um dos dois pólos da caridade: o objetivo: Deus; ou subjetivo: eu. Os santos estão mais perto de Deus, próximos a mim.

7. Objetivamente, os santos serão amados mais do que os parentes, mas subjetivamente os parentes serão amados mais intensamente do que os santos, porque de várias formas eles estão mais próximos – “A caridade começa em casa”.

8. Essencialmente, parentes de sangue serão mais amados do que aqueles que não têm consanguinidade, porque os laços de sangue são naturais, fixos e substanciais.  Acidentalmente, porém, outros laços de amizade podem ser mais poderosos.

9. Objetivamente, os pais são amados mais do que os filhos, porque como fontes de vida e de muitos benefícios, os pais estão mais próximos de Deus; mas subjetivamente as crianças podem estar mais próximas de nós por várias razões.

10. O pai deve ser amado mais do que a mãe, como tal, porque no tocante a cada um em relação ao fato de ter-nos dado a vida, o pai é formal e ativo; ao passo que a mãe é material (maternal) e passiva (São Tomás escrevia sobre os seres humanos que são normais, e não desnaturalizados como são os de hoje em dia).

11. Objetivamente, pais são amados mais do que a esposa, porque como fontes de vida e de muitos benefícios eles estão mais próximos de Deus; mas subjetivamente, ela, que é "uma só carne" com seu marido, há de ser mais amada.

12. Objetivamente, alguém que nos faça bem é mais amado do que alguém a quem nós fazemos bem, porque aqueles são uma fonte de bem para nós; mas por aproximação subjetiva nós amamos mais alguém a quem fazemos o bem, por várias razões, por exemplo, "É melhor dar que receber".

13. Haverá sempre uma ordem de caridade no Céu, especialmente o amor a Deus sobre todas as coisas. Também a graduação objetiva do próximo, por sua proximidade com Deus, contará mais lá do que o que se faz aqui na terra.

Racismo? – Que raças estão mais próximas de Deus, ou de mim?  Elas não são iguais. “Antissemitismo”? – São os “semitas” amigos ou inimigos de Deus?  “Machismo”? – As mulheres de hoje me ajudam ou me atrapalham em meu caminho para Deus?  “Homofobia”? – Qual a postura dos “homos” em relação a Deus?


Kyrie eleison.