Ao contrário do que os espíritas pensam a reencarnação
não pode explicar nunca o porquê de existirem doentes e sãos, por exemplo. Pois
não resolve a questão do que aconteceu com os primeiros homens para que eles
tenham sofrido sem que tivessem vivido antes para depois poderem “resgatar”,
“expiar” suas faltas.
Um exemplo: vamos pensar que houve alguém lá no início
da vida, em sua primeira existência, que foi assassinado. Por que isso
aconteceu? Ele nunca tinha feito nada, não tinha “carma” (termo que teve o
significado deturpado pelos neo-espiritualistas), então porque sofreu tal
violência? Se alguém sofreu uma violência e não fez nada por merecer aquilo,
cai por terra a doutrina da reencarnação e do carma dos neoespiritualistas.
Pois se não havia porque ser morto (não havia ações passadas a serem
“expiadas”), então por que haveria de ser diferente depois? Porque deveria ser
lei?
Aliás a reencarnação, uma ideia moderna, é uma
tremenda confusão, uma simplificação grosseira repleta de ideologia saída das
cabeças dos socialistas franceses que queriam a qualquer custo tentar explicar
o porquê das diferenças entre os homens. Confundiram as idéias de metempsicose,
com metensomatose, transmigração e carma e pensaram assim dar uma explicação
para a causa do sofrimento do ser humano. A reencarnação como é defendida por
espíritas, neo-espiritualistas, new agers e falsos gurus das seitas hindus
nunca foi ensinada pelos povos antigos! A tradição hindu não ensina que o ser
humano venha a renascer em outro corpo após a morte!
Para que os neoespiritualistas possam sustentar esta
falsa doutrina, a da reencarnação, terminam por distorcer as Escrituras
Sagradas. E não só a Bíblia, como também os livros de outras civilizações, como
o Gita, por exemplo.
A metensomatose é nada mais que aquilo que conhecemos
hoje como herança genética. Ou seja, o renascimento do pai no filho, a
descendência dos seres.
A transmigração se refere às mudanças que passamos na
vida, mudanças tão profundas que são como a morte e o renascimento.
A metempsicose é a herança psíquica.
Carma é ação. E não a tal de “ação e reação” defendida
pelos espíritas e teosofistas.