terça-feira, fevereiro 27, 2018

Comentários Eleison: Paternidade Hoje - II

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Comentários Eleison – por Dom Williamson
Número DLIV (554) (24 de fevereiro de 2018)

  

PATERNIDADE HOJE – II


Não é pouco o que vocês podem fazer, pais:
O natural, o físico e o humano, não os percam de vista jamais.

Esperamos que os pais que leram aqui na semana passada sobre a questão de se sabem o que exige a paternidade atualmente, não tenham se sentido como se estivessem sob acusações. Eles estão sob forte pressão de todo o ambiente que circunda seus filhos, e quando as almas estão sob pressão, Deus não exige que elas façam o impossível, mas apenas o que quer que lhes seja possível fazer. Assim, na Carta à segunda das sete Igrejas da Ásia, correspondente à Idade dos Mártires da Igreja (Ap 2, 8-11), o Venerável Holzhauser explica que se os católicos de Esmirna não recebem do Espírito Santo nenhuma repreensão ou censura, como ocorre com cinco das outras sete Igrejas, é porque os católicos sob perseguição precisam de encorajamento, e não de críticas.

E Deus sabe que os pais que se esforçam para salvar as almas de seus filhos estão sob perseguição, ainda não sangrenta, mas muito poderosa. Pois, quando os homens estão, por exemplo, voltando-se para a IA (Inteligência Artificial) para fazer de um robô o seu deus, então estão perdendo não só o Deus verdadeiro, mas toda noção da diferença entre uma máquina e um ser humano, sem falar da diferença entre homem e mulher ou entre pais e filhos. Como um ambiente em que há confiança na IA para garantir o seu futuro poderá propiciar alguma compreensão ou simpatia pela família tal como Deus a projetou?

Como um leitor me escreveu, o comunismo oriental tratava brutalmente qualquer um que não estivesse andando na linha, mas pelo menos o inimigo da salvação era reconhecível, enquanto o que se poderia chamar consumismo no Oriente ou no Ocidente é bastante mais sutil – em vez de brutalizar, simplesmente marginaliza, fazendo com que enquanto os verdadeiros católicos sejam "anormais", as crianças desejem ser "normais", com smartphones, como todas as outras crianças, etc. O consumismo brilha como suas luzes coloridas, e, assim, as crianças estão sendo transformadas em robôs descerebrados, inteligentes o suficiente para manipularem a tecnologia e as máquinas, mas sem nenhuma ideia das questões humanas essenciais, porque não são ensinadas a ler, nem a ler nas entrelinhas, como se fez sob o comunismo, e são privadas de todas as ferramentas do pensamento. Uma geração de marionetes androides está crescendo ao nosso redor.

Então, em contraposição ao que os pais não podem fazer, o que eles podem fazer para colocar seus filhos no caminho do Céu (será a livre escolha das crianças mais tarde se elas permanecerem ali)? Em primeiro lugar, algumas noções básicas. Deus existe, e Ele quer salvar todas as crianças, e para todos nós Ele dá a ajuda de Sua Mãe e a dos invisíveis mas poderosos Anjos da Guarda que estão do lado de todos os pais verdadeiros. Em casa, que essas realidades sobrenaturais façam parte da vida cotidiana, e que a vida cotidiana seja sobrenatural, mesmo que o senso comum dos pais impeça que as crianças sejam afastadas por um excesso artificial de religião.

Então, no plano natural, deem a seus filhos tanto tempo quanto vocês achem que eles precisam. Que o amor seja expresso e soletrado assim: T-E-M-P-O. Para que as crianças se tornem humanas elas precisam ser formadas por seres humanos, não por máquinas. E os formadores naturais das crianças são seus pais, que têm uma enorme influência natural sobre seus filhos, caso eles apenas a usem, em vez de abdicarem dela. Estabeleçam refeições familiares regulares ao redor da mesa, e nas refeições, falem. Provérbio chinês: "Instrua seus filhos na mesa, sua esposa no travesseiro". Falem sobre política, especialmente a diferença entre a realidade e o que os meios de comunicação apresentam como realidade. Advirtam as crianças para terem cuidado fora de casa, mas digam-lhes a verdade sobre o “onze de setembro” e sobre a grande farsa (entre cinco e sete milhões). Sim, contem-lhes sobre isto assim que eles forem capazes de entender (não antes), para que possam perceber o mundo de mentira no qual Deus nos colocou para viver, como um justo castigo por nossa apostasia. Adicionem sempre a dimensão religiosa, porque está sempre lá, e os filhos precisam entender que o que importa é Deus. Mas não apenas por piedade – Nossa Senhora de Fátima promove tanto o Rosário como a Consagração da Rússia.

Então, de modo mais prático, tirem o que puderem de aparelho eletrônico de dentro de casa. Ensinem aos filhos por que vocês não estão permitindo a televisão ou smartphones sob o seus tetos, e se vocês não podem ficar sem a Internet, ensinem-nos porque estão sob o bloqueio e a chave físicos (não apenas eletrônicos). E coloquem as mãos deles para trabalharem: os meninos no desmonte de uma motocicleta, ou na carpintaria; as meninas na costura e na cozinha; e todas as mãos no Rosário. E em vez de televisão, experimentem todas as noites uma leitura familiar do "Poema do Homem-Deus" de Maria Valtorta (título antigo). Ridículo? Tentem. Vocês podem simplesmente passar a achar que o "Poema" é a própria resposta de Deus à televisão!

Kyrie eleison.

segunda-feira, fevereiro 19, 2018

Comentários Eleison: Paternidade Hoje - I

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Comentários Eleison – por Dom Williamson
Número DLIII (553) (17 de fevereiro de 2018)




PATERNIDADE HOJE – I



Pobres pais! Será que não há nada que possamos fazer?
Fiquem atentos, na próxima semana uma ou duas ideias iremos trazer.

Há quase 20 anos um sacerdote da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, mestre de uma casa de retiros inacianos na França e, portanto, em contato direto com os problemas das famílias católicas tradicionalistas, escreveu um excelente editorial sobre Como os nossos jovens estão evoluindo. Ele pinta uma imagem sombria, e infelizmente, desde então, ela só se tornou mais obscura. Não devemos desesperar, mas, por outro lado, os pais devem ver as coisas como são. Não é como se os jovens de hoje não tivessem culpa, mas os pais devem fazer todo o possível para colocá-los no caminho para o Céu, porque ainda hoje essa é a responsabilidade dos pais. Aqui está a imagem obscura, adaptada e abreviada de Revue Marchons Droit, nº 90, avril-mai-juin, 2000:

Vemos nos retiros jovens crescendo incapazes de reconstruir a Cristandade. Os sacrifícios feitos por pais e professores parecem não ter dado frutos proporcionais. Algo não está funcionando, claramente, e se não reagirmos, então dentro de duas gerações seremos engolidos pelo espírito do mundo.

Os jovens entre 18 e 30 anos de idade que observamos são profundamente ignorantes sobre a crise na Igreja e no mundo, não porque não tenham sido ensinados, mas por falta de interesse. Em termos gerais, eles seguem a linha de seus pais, mas eles não podem explicar por conta própria o que está errado com a Nova Missa, com o Vaticano II, com a Nova Ordem Mundial. Nunca tendo tido de lutar, defender suas crenças ou resistir, e nunca tendo estudado por si mesmos, quando eles conhecem o mundo, cedem facilmente. Eles querem ser como todos os outros, não querem ser diferentes, não têm a convicção pessoal de defender a Tradição Católica, e, ao invés de serem apóstolos de Cristo, pouco a pouco vão com a corrente.

Onde estarão amanhã as boas vocações, as boas famílias cristãs de que tão urgentemente precisamos? As vocações são cada vez mais raras, os casamentos tornam-se fracos ou murcham completamente, a formação amolece e a imaturidade domina. O que todos os jovens querem é aproveitar a vida. Os meninos não têm caráter, senso de responsabilidade, generosidade, autocontrole, tudo o que os pais devem inculcar neles para transformá-los em homens em quem podemos confiar para o futuro: homens casados, maduros, pensativos, trabalhadores, magnânimos. Sem homens de convicção, onde estarão os chefes de família de amanhã?
As meninas também estão sendo criadas em desordem. Em vez de prepararem-se para a maternidade e cuidarem de uma família, elas aprendem a desprezar a domesticidade, que é a sua verdadeira vocação, e são encorajadas a estudar mais e mais tempo, adquirindo assim um espírito de independência ao lado de um mundanismo que se volta para a moda, para as festas e para a música rock. Como podem as mães permitir as minissaias e calças de suas filhas, os seus vestidos indecentes em festas que são óbvias ocasiões de pecado, onde desperdiçam seu tempo e mancham a pureza de seus corações?
O resultado é que os jovens se casam aos 20 ou 22 anos, quando não estão absolutamente preparados; e logo as crianças chegam, quando eles ainda não têm ideia de como educá-las. Se eu olhar para os casais jovens que casei – na Tradição – desde a minha ordenação em 1980, graças a Deus não houve divórcios, mas devo dizer que a metade dos casamentos está por um fio, mantendo-se unidos apelas pelos “princípios católicos” dos jovens. Pais, vocês percebem o que precisam dar aos seus filhos para o futuro deles no mundo de hoje? Vocês devem, pelo amor de Deus, formar seus filhos para serem homens dignos deste nome, e suas filhas para serem mulheres dignas deste nome. Cumpram com seu dever. Caso contrário, seus filhos correm o risco de perderem suas almas, e a Cristandade estará acabada.


Não há dúvida de que Padre Delagneau esteja correto. A Cristandade está em grave perigo, nada menos que isso. Agora podemos ver por que em 2018 Deus está permitindo que a Europa, e a França em particular, seja ocupada por Seus inimigos com outros inimigos Seus? E por que Ele está permitindo que a Fraternidade Sacerdotal São Pio X deslize para os braços de Seus inimigos? Ele não nos criou para cairmos no Inferno. Ele nos criou para combatermos o bom combate a fim de chegarmos ao Céu. E Ele permitirá qualquer desastre que nos distancie do caminho do Inferno e nos coloque de volta no caminho do Céu. Esperem por isso!

                                                                                                                                    Kyrie eleison.

*Traduzido por Cristoph Klug.




segunda-feira, fevereiro 12, 2018

Comentários Eleison: Defendendo Menzingen

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Comentários Eleison – por Dom Williamson
Número DLII (552) (10 de fevereiro de 2018)



DEFENDENDO MENZINGEN
  


Desde cima reina a confusão,
Rezem pelo Papa e pelos Bispos, antes que venham a falecer!

Graças às palavras e aos atos diretamente anticatólicos dos últimos cinco anos manifestados pelo presente ocupante da Sé de Pedro, delinquências estas cujo caminho fora inaugurado pelo Vaticano II, é menos compreensível que nunca que os sucessores de Dom Lefebvre ainda queiram colocar a Fraternidade sob o controle romano; mas, de fato, eles querem. Um chapéu cardinalício ser-lhes-ia atraente? Teriam cansado da batalha? Estariam desesperados para serem “reconhecidos” pelos conciliaristas? E a pensar realmente que o Arcebispo aprovaria o que estão fazendo? Só Deus o sabe. Independentemente do que seja, os servidores de Menzingen ainda estão tentando defender seus vinte anos de desvio da posição do Arcebispo. Eis dois exemplos recentes:

Em primeiro lugar, para defender a política de Dom Fellay de aceitar de Roma uma prelazia pessoal, um padre da Fraternidade (http://fsspx.news/en/content/34797) parece pensar que tal prelazia garantirá a ela proteção contra os modernistas em Roma. Mas Roma controlará ou não a prelazia? Se ela estiver no controle, demorará o tempo que for necessário, como aconteceu com a Fraternidade São Pedro, mas usará seu controle lentamente para estrangular a Tradição dentro da prelazia. Pensar o contrário é simplesmente não ter compreendido o que esses romanos são.  “Somente santos acreditam no mal”, disse Gustavo Corção. O Arcebispo os chamava “anticristos”. E se a prelazia não os colocasse no controle, eles nunca a concederiam, antes de mais nada.

Em segundo lugar, o padre tenta desacreditar os adversários da prelazia afirmando que eles dizem que o Arcebispo mudou seus princípios quando recusou o Protocolo de Maio de 1988. A afirmação é infundada. Como o próprio padre diz, a mudança do Arcebispo foi meramente prudencial, seguindo a demonstração definitiva que os romanos haviam acabado de dar nas negociações do Protocolo, de que eles não tinham intenção nenhuma de manter a Tradição tal como a Fraternidade e o Arcebispo a compreendiam. Enquanto os romanos deram qualquer sinal de preocupação genuína com a Tradição, o Arcebispo foi paciente, e foi tão longe quanto pôde para encontrá-los (de fato, no Protocolo foi além do que deveria, como ele uma vez, mais tarde, admitiu). Mas uma vez que eles deixaram claro que na realidade não tinham tal preocupação, então o Arcebispo foi inexorável – a partir daí, a doutrina tomaria o lugar da diplomacia, e os romanos teriam de provar, antes de tudo, que sua doutrina era a da Tradição Católica. Não houve da parte do Arcebispo mudança de princípios, senão que um mero reconhecimento final de que os romanos estavam voltados para a descristianização, e não para a recristianização, como ele escreveu um mês depois ao Cardeal Ratzinger.

Da mesma forma, o blog Catholic Family News de novembro do ano passado serve a Menzingen. O blog é inteligente, e especula que a isca e a armadilha reais de Roma para apanhar a Fraternidade não são visar à sua rendição maciça, mas à sua divisão e desintegração gradual (de fato, Roma está alcançando ambas). Assim, Roma faz repetidas ofertas sedutoras, e cada uma delas divide os sacerdotes da Fraternidade, de modo que alguns se separem, enquanto Menzingen aumenta suas esperanças, somente para vê-las despedaçadas por outra exigência impossível de Roma. E o jogo continuará até que a Fraternidade esteja completamente desfeita. Portanto, conclui o CFN, a Fraternidade tem de permanecer unida a todo custo, e nenhum padre da Fraternidade deve desertar.

Mas, caro CFN, em primeiro lugar, como o Arcebispo construiu sua Fraternidade? Certamente ele também sofreu com divisões e deserções sob suas ordens. Ele por acaso a construiu clamando por unidade, unidade, unidade? Este foi o maior argumento de Roma contra o Arcebispo! Seu maior argumento foi a Fé, a Verdade, a Fé. Advogar, como vocês fazem, em favor da unidade da Fraternidade por detrás dos pró-Roma de Menzingen, é advogar pela destruição da Fraternidade! A unidade é sempre especificada pelo entorno ao qual se deve unir. Sob a direção do Arcebispo, o que estava em torno era a Fé Católica, que era toda a força da Fraternidade. Desde 2012, ela está em torno de Menzingen, que hoje é a divisão e a ruína da Fraternidade.

Tenham coragem, caríssimos leitores. “A Verdade é forte e prevalecerá”, com ou sem a Fraternidade Sacerdotal São Pio X.                                    
                                                                                                                                        
Kyrie eleison.                

            Traduzido por Leticia Fantin.

sexta-feira, fevereiro 09, 2018

Comentários Eleison: "Igreja Oficial?"

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Comentários Eleison – por Dom Williamson
Número DLI (551) (3 de fevereiro de 2018)


"IGREJA OFICIAL?"


Manobrar, esquivar, enganar, defraudar, Roma poderá,
Mas certo por linhas tortas Deus escreverá.

É preciso ter muito cuidado com as palavras, porque com as palavras nossa mente opera sobre as coisas, e as coisas constituem a vida cotidiana. Portanto, das palavras depende o modo como conduziremos nossas vidas. Na igreja paroquial emblemática da Fraternidade de São Pio X em Paris, França, existe um sacerdote da Fraternidade que tem o devido cuidado com as palavras. O Pe. Gabriel Billecocq escreveu na edição do mês passado (nº 333) da revista mensal da paróquia, Le Chardonnet, um artigo intitulado "Você disse 'Igreja oficial'?". No artigo ele nunca menciona a Sede da Fraternidade em Menzingen, na Suíça, mas reclama do "desejo" que vem de algum lugar, presumivelmente de cima, de que as palavras "Igreja conciliar" devem ser sempre substituídas pelas palavras "Igreja oficial". E ele está certo, porque as palavras "Igreja conciliar" são perfeitamente claras, enquanto as palavras "Igreja oficial" não são claras, mas ambíguas.

Pois, por um lado, "Igreja conciliar" significa claramente que grande parte da Igreja de hoje está mais ou menos envenenada com os erros do Concílio Vaticano II. Esses erros consistem essencialmente na centralização do homem no centro da Igreja, que deveria estar centrada em Deus. Por outro lado, "Igreja oficial" é uma expressão com dois significados possíveis. Pode antes significar que a Igreja foi oficialmente instituída por Cristo e trazida oficialmente para nós ao longo dos tempos pela sucessão de Papas, e a essa "Igreja oficial" nenhum católico pode opor-se, pelo contrário. Ou "Igreja oficial" pode significar a massa dos funcionários da Igreja dedicados ao Vaticano II que durante o último meio século tem usado seu poder oficial em Roma para infligir aos católicos os erros conciliares, e a esta "Igreja oficial" nenhum católico pode não opor-se. Portanto, "Igreja conciliar" expressa algo automaticamente mal, enquanto "Igreja oficial" expressa algo bom ou mal, dependendo de qual dos dois significados esteja sendo dado. Portanto, substituir "Igreja conciliar" por "Igreja oficial" é substituir a clareza pela confusão, e também impede que os católicos se refiram ao mal do Vaticano II.

O Pe. Billecocq nunca sugere que o Quartel-General da Fraternidade tenha "desejado" tal coisa, mas um fato e uma especulação o sugerem. Quanto ao fato, no início deste mês, o Superior do Distrito Francês da Fraternidade, o Pe. Christian Bouchacourt, entrevistado em público sobre as próximas eleições em julho, disse: "Assim que um Superior Geral for eleito, o Vaticano será imediatamente notificado da decisão". Essa notificação do Vaticano pela Fraternidade sobre as eleições desta nunca foi feita antes. E sugere fortemente que os atuais líderes da Fraternidade esperam que Roma não só seja informada, mas também que dê sua aprovação oficial à escolha de seus líderes – para que notificar, senão para conseguir aprovação? O que mais a Neofraternidade implorará da Neoigreja? O que não implorará? Como se afastou a Fraternidade dos tempos em que a fé do Arcebispo Lefebvre costumava fazer Roma implorar!

Quanto à especulação, se ouve que dois candidatos principais estão sendo preparados por Menzingen para que os eleitores escolham como Superior Geral nas eleições de julho da Fraternidade, pois o posto não será mais ocupado por um Bispo. Suponha-se que Roma já está no controle virtual dessas decisões importantes que estão sendo tomadas dentro da Sede da Fraternidade. Nesse caso, Roma não tem muito por que temer que algum desses dois candidatos mudem substancialmente as políticas pró-romanas do Bispo Fellay, enquanto possa ter muito que ganhar com a aparência de uma mudança no topo, e ela pode ser capaz de fazer uso do Bispo Fellay em Roma como  líder de uma Congregação Ecclesia Dei "renovada", que inclua todas as comunidades tradicionais, incluindo sua própria antiga Fraternidade.

Quem pode duvidar da habilidade dos romanos para tirar vantagem de todas as situações? A menos que... a menos que existissem novamente na Fraternidade a Fé e a Verdade que foram a força motriz do Arcebispo Lefebvre e de sua vitória sobre todos os liberais e modernistas em Roma. Esses demônios se esforçam para desfazer de uma vez por todas a Tradição Católica de Deus, que é o obstáculo potencial mais grave para sua nova Religião Mundial Única. E Deus pode exigir nada menos que o sangue dos mártires católicos para detê-los. Os mártires que vêm de entre os sacerdotes e os leigos da Fraternidade serão a sua glória.

Kyrie eleison.